segunda-feira, 6 de abril de 2009

História nº 1

Boa tarde, amigos.
Esta vai ser a primeira história, entre muitas, sobre a nossa tia, a tal gorda, e as suas aventuras do dia-a-dia, começando com o verdadeiro desafio que é ter de se levantar da cama, e o derradeiro desafio do dia, que é deitar-se na mesma.
Ora a história de hoje, é a história de como conheci a tia gorda , e como fiquei a viver com ela.
Corria o ano de 1988, estavamos a 25 de junho, um domingo, e os meus pais tinham me deixado com a minha avó para irem passear ao jardim zoológico, e foi aí que tudo correu mal, porque os meus pais foram com a minha tia gorda, e ela tem um problema com comida, caso não tenham reparado, então teimou em ir roubar os amendoins aquele elefante que toca o sino. Possivelmente, sozinha teria-se safado bem, mas a besta começa a gritar:
"Vem ajudar-me ó Vítor (o meu pai), que ali o trombudo não me quer dar os cacahuetes."
Ora o meu pai, para não desagradar à minha mãe, lá foi, só que a tentar ajudar ficou entalado entre a baleia e o elefante, e sufucou até à morte, enfiado entre as mamas da minha tia. Na verdade, não consigo imaginar pior morte, isto porque a minha tia é daquelas senhoras que gosta de usar grandes decotes e tops no verão. Ora imaginem só o que é uma mulher, cuja textura é uma autêntica armadura de pacotes de óleo fula embrulhados em coirato e margarina, a usar um top decotado, nojento hã?
A minha mãe, ao ver tal espectáculo, fez um daqueles recuos à cinema, onde a intérprete recua lentamente a gritar "Não, não", e a chorar muito, só por trás dela estava o fosso dos leões. A minha mãe tombou para dentro do fosso, partiu o pescoço e e esvaiu-se em sangue, atraindo os leões, e como estava na hora de almoço do staff do zoo, ninguém foi recuperar o corpo da minha progenitora, proporcionando aos bichinhos uma alegre almoçarada.
Ora estava eu em casa da minha avó, quando ouvimos bater à porta, era um policia. Ele explicou a história à minha avó e a pobre coitada não conseguiu resistir, desmaiou, e no momento em que desmaia, bate com a cabeça num abajur vibrante com que eu tinha estado a brincar (na altura ainda não sabia o que era tal coisa), que lhe perfurou a cabeça de uma orelha a outra, matando a pobre idosa.
Eu fiquei ao cargo da assistência social, que me encaminhou para o meu parente mais próximo, a minha tia gorda. Fui viver com ela a uma quinta feira de manhã, mas como havia feira na Malveira ela só apareceu à tarde. Lembro-me bem desse dia, fomos para o café da vila, porque há um em todo o lado, e sentámo-nos na esplanada, eu bebi um copinho de água da torneira e comi um pãozinho com manteiga, enquanto que a minha tia pediu uma açordazinha de alho e uma imperial com groselha ( sim, porque até na bebida ela põe coisas doces, groselhinha para engordar, a gordalhona de merda!). Fomos para casa, a criada não estava e ela pediu-me: "Dá-me banho". Eu, que remédio tinha se não obedecer ali ao moby dick. Provinha um cheiro estranho da senhora, aparentemente as pessoas gordas deixam crescer fungos entre as pregas de gordura que causam mau cheiro mas, não era o caso, pois os fungos não pedem socorro, entre as banhas da minha tia estavam os outros sobrinhos presos. Eu, a muito custo lá os tirei e e continuei a dar banho à senhora. Moral da história: "Quem desdenha quer comprar."

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